Esta semana assistimos ao início da corrida para mais uma ronda eleitoral do Sport Lisboa e Benfica.
É um momento vital, como deveriam ser todos os momentos que marcam uma viragem nos destinos do Clube, ou, por outro lado, marcam um reforço da aposta na continuidade da liderança, até aqui desempenhada por LFV. Perdoem-me a sinceridade e a colocação das "coisas" nestes termos mas estas eleições não vão marcar nem uma coisa nem outra, senão vejamos:
Após o chumbo ao Relatório e Contas 2011/12, é evidente, se já não o era, que a liderança de LFV à frente dos destinos do SLB está fragilizada. A divisão é mais do que evidente entre os Pró Vieira e os Contra Vieira. Não vale a pena referir-me a quem está de cada um dos lados da barricada por dois motivos evidentes: 1 - É sobejamente conhecido quem está de um lado e outro; 2 - É fundamental que se perceba que isto não é o mais relevante no contexto actual e não acrescenta absolutamente nada de construtivo nesta fase.
Factos consumados, o descontentamento e a divisão, são dois factores que abririam a porta ao aparecimento de uma lista da oposição com fortes possibilidades de sair vencedora neste acto eleitoral. É assim em qualquer contexto, seja este político, social, desportivo, entre outros. A verdade é que, surpreendentemente, ou não, isso não aconteceu nem vai acontecer. E a actual direcção não está isenta de responsabilidades neste sentido.
É gritante a falta de democracia no Clube, a começar por todos os condicionalismos existentes na apresentação de uma eventual candidatura e a acabar na ridícula diferenciação de votos (desde 1 voto a 50 votos) que levarão mais uma vez, e ao colo das casas do Benfica (que desempenham um papel fundamental na grandeza do Clube) LFV à recondução do mandato.
Infelizmente, voltamos ao tempo em que "ilustres" benfiquistas se lembraram que o são a 3 semanas das eleições, quer de um lado, quer de outro. Faz-me alguma confusão que José Eduardo Moniz seja uma face altamente exposta e rosto de um projecto que dura há 12 anos e devia ser bem mais estável, evitando situações deste género, enquanto que do outro lado Rui Rangel deu o primeiro tiro no pé ao "colar-se" a nomes como José Veiga (ao vê-lo com um pin do Clube na lapela até me dói o coração) e Ribeiro e Castro, político de gema e manifestamente demagógico, completamente vazio de ideias (como pude observar no Dia Seguinte do dia 15 de Outubro) e que apenas consegue falar sobre a vida do Benfica em época de eleições.
Em sentido oposto, fico de certa forma inquieto por não perceber porque Benfiquistas de sempre não falam e assumem as suas posições de responsabilidade. Onde está Rui Costa? O que pensa Rui Costa?
Concluindo, manifesto, para já, um relativo desconhecimento naquilo que assenta um e outro projecto, partindo do pressuposto que o de LVF assentará numa base de continuidade e o de Rui Rangel passará certamente por um caminho de mudança. Mas meus amigos, é preciso mais, muito mais. Os sócios não podem, de forma alguma, tomar a sua decisão com base nos rostos dos projectos e nas trocas de galhardetes que irão ser notícia do dia até ao próximo dia 26 Outubro.
Precisamos de ideias, de discussão de ideias, de debate aberto, sem condicionalismos e interesses colaterais. Precisamos de debater em casa assuntos que são da casa. Fica o apelo, em prol do Clube, para que assim o seja. Independentemente do previsível desfecho, quando há abertura e debate de ideias, há pouca margem para dúvidas na altura do balanço e a união à volta do clube será certamente mais fácil.
Ainda vamos a tempo,
Tudo por ti Benfica!
Pelo debate que tanto deseja pode esperar sentado!
ResponderEliminarLFV não admitirá nenhum debate, pois não pode expor a sua tacanhez.